quinta-feira, 21 de maio de 2015









Foto de GILSON SETIME
GÊNESIS

Origem, vocábulo da criação
Segredo que diviniza a oração

Primeiro Deus criou o céu e a terra,
As trevas cobriam suas obras;
Separou água das águas! Doce e salgada
Sobre a terra fez nascer árvores e ervas
A imagem modelou homem e mulher
Regulou! Viu que tudo era bom!
O quinto dia fez pássaros e feras,
Saia água de Éden para a vida saciar.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

LIÇÃO DE VIDA



Cheia de fragilidade,
acompanha a ideia,
não induzir  a indignidade
e fazer parte dessa platéia.

Ser sincero com a convicção,
Pois  um tempo estamos certos
e em outros estamos errados,
deixamos de ser guiados pelo cabo do arado.

disse um grande Mestre dos mestres,
- Não olhem para traz...
Não fiques com receio...
Queres me seguir vem por inteiro,
Não gosto que me sigam...
Nem frio e nem morno,
Tem que vir quente,
pois o morno ou o frio...
O que vou dizer possa achar esquisito
Ambos eu os vomito.

Vamos voltar ao nosso título,
Com incompreensão e em conflito,
Quanto fato foi julgado certo,
O mundo foi rodando...
As idéias se confrontando,
E mentira ou é correto?
Influenciaram-me pela comunicação,
E que eu achava certo...
Disseram não ser mais correto.

E na minha vida sólida
Com bastante primavera cálida,
Não dava para digerir
Ser  verdade ou é mentira.

E o tempo passou...
Novamente volta em cena,
algo sendo suprimido...
Foi um peso, não foi qualquer fardo
A vida humana é como uma colcha de
Bordada, cheia de solidariedade,
Mas a história pode ser traiçoeira,
Tudo que era o bom, o sistema arruína,
Como se fosse cinza jogadas lá de cima.

Tudo indo para o buraco...
Voltando a estaca zero,
Como o feroz leopardo...
É tão grande a confusão
Que nem se sabe o que é certo
 e o que é errado...

Apelei por um amigo...
Era inteligente físico,
Para acreditar não é preciso ver,
Nascera cego, com fé inabalável.

Apresentei-lhe uma grande abobora,
Aquela de pescoço, casca tipo jacaré,
E lhe pedi, que com o seu tato
Descrevesse-me o que seria aquilo ali.

Enquanto ele passava a mão,
Eu a movimentava... Para frente e para traz
Notei que ele ficou um pouco ofegante,
Mas não se irritou...
E com um modo muito elegante, disse-me:
Caro amigo isso é uma tromba de elefante.

O amigo não estava certo e nem errado,
respondeu o que lhe foi perguntado...
E ao responder foi muito radiante,
Deixando a platéia toda titilante,
De ouvidos em pé como vigilante...
Voltando-se perguntou: Acertei?
Isso é mesmo um elefante?

Disse a ele com jeito...
Estou lhe aplicando um teste,
Queria ter a certeza opinante,
Talvez não a certeza dominante...
Mais uma vez se puderes responda-me,
A água e de cor branca, clara ou alvejante?

Ficou engasgado diante da indagação...
Pensou um pouco: Será cristalina?
Não sei... Nunca a vi
Poderá ser incolor?
Ao amaciaste pode a roupa amaciar...
Ou ainda então, clara, branca ao alvejar.

É lição inteligente...
É lição de vida...
Somos aquilo que comemos...
Que bebemos... Se notar
Que respiramos...
Que votamos sem pensar.
E depois dizem...
Deficiente... Quem?

Não com a vida estudar...
Não ser um nazareno...
Não com a vida fraudar...

Não ser fértil no terreno.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

EU E MINHA IMAGEM



Naquela noite estando fria
Como de costume abençoei os filhos
E ao quarto me recolhe...
Palpita em meus lábios oração interior,
Agradeci o ideal daquele dia
Meu pensamento de esperança ao Criador.

Lembrava dos meus pais e um mano
Que transcenderam suas vidas humanas,
Após ler uma passagem Bíblica
Retirei os óculos, colocando-o no canto da cama,
Chega à esposa, a qual já esperava sua dica
Juntos a oração do Pai Nosso...

O beijo de Boa Noite!
Deslizar o dimmer...
Uma leve penumbra,
Tomou conta do leito
Por que o ambiente
Escuro eu odeio.

Tenho o sono leve
Qualquer som me acorda,
A campanhinha toca...
Duas, três, quatro vezes,
Aumentei a luz do quarto
Coloquei os óculos...
Olhei para a esposa, dormia suavemente,
Duas horas da manhã,
Fui até a porta da sala,
Abria... Não há ninguém!

Voltei ao quarto!
Dei uma arrumada no travesseiro,
Deitei... Mas pensando
Quem foi esse menino arteiro?
Mas essa hora...
De madrugada; ou será que foi um pesadelo?

Quando eu ia retirar os óculos,
Um momento de impressão,
Agitou meus pulsos e não o coração
Vi-me sentado aos meus pés,
Mas como? Eu já estava deitado,
Só que sem abaixar o raio da luz,
Fitando-me no meu belo sorriso
Que sorriso bonito!
Sentia-me os braços e as pernas pesadas.
Não era medo...

Eu olhava nos meus olhos,
E os meus olhos olhavam para mim.
A roupa que eu via em minha imagem,
Era moda, época da jovem guarda,
Na camisa para fechar em lugar dos botões
 E nas mangas eram ilhoses...
Com cordão entrelaçados, tipo caracol,
Confeccionada pela professora,
Que dava aula na Fazenda Vargem Alegre,
Foi ela mesma que um dia me disse:
“Quando usa essa camisa parece rouxinol”.
Sublime visão! Perguntei?
Em silêncio comecei a entender
Toda aquela emoção...
Vinda de encontro ao meu pensar humano,
Observava ternura e tal beleza multicor
De forma alguma não era um engano.

Continuei a falar e escutando,
No íntimo do meu peito...
Não sei direito, se era eu ouvindo
Ou se era eu falando.

No Plano de Deus ninguém usa óculos,
Nem braços ou pernas mecânicas,
Próteses dentárias ou mamaria,
Tudo acontece com eloqüência,
Eu ou você...
Está ouvindo de ti mesmo,
E a voz da consciência na criação,
Desde a unificação no universo
Humildade amanhã da evolução.
Vai ou vamos... Tanto faz em busca do ancião
Da verdade dos céus sempre erguida,
A fonte da juventude,
Onde o espírito sempre é vida,
Mentiras, pedras, cruz e espinhos,
Por dar aos homens os anos,
Mas a juventude é eterna,
Nas linhas paralelas dos caminhos.

Essa imagem que sou eu,
Embora com roupas diferentes,
Agora de mim está se aproximando,
Chegou ao ponto de tão próxima,
Não poder vê-la...
Foi ai que tirei os óculos,
Jogando-o sobre a penteadeira,
Percebo que o peso dos membros,
Já não mais havia...
Novamente abaixei a limosidade
E fui dormir.

Sem compreensão ou tentar compreender,
Vibrando de terno momento,
Acredito uns quinze segundos de tempo,
Estava eu contando a esposa,
Tal luminosa ansiedade...
Não me trouxe pânico!

Depois... No inicio da tarde,
Anjão, morador do terceiro andar
A mim pediu para lhe perdoar,
Por que em altas horas,
Uma porta do segundo andar foi tocar,
Pois havia bebido umas e outras,

E sentiu sem chão para pisar.